Festival de Cinema das Periferias de Maceió

21 a 27 de novembro de 2022

FILMES / OFICINAS / CONFERÊNCIAS / ATIVIDADES CULTURAIS

Ciclo de Conferências Revoada

O Ciclo de Conferências Revoada é um espaço para elaboração coletiva e difusão do conhecimento acerca dos temas mais pungentes que envolvem o fazer cinema em Alagoas e no Brasil. Desde a realização até as estratégias de circulação de filmes que abraçam uma diversidade de plateias e promovem diálogos através das imagens e das fábulas narrativas. O Ciclo de Conferências Revoada é composto por seis painéis que se debruçam entre os eixos: Produção, documentário, difusão e periferia, crítica e curadoria, direção cinematográfica. As conferências acontecerão nos dias 21, 22, 23 e 26 de novembro no Sebrae Maceió a partir das 14h.

Produzir Cinema: Da margem ao centro e vice-versa

14h no SEBRAE Lab


Regina Barbosa
– Diretora e produtora
Pedro Krull – Produtor e realizador
Renah Berindelli – Produtora executiva e diretora de produção

Mediação:
Débora Lima – Analista de Soluções e Inovação SEBRAE/AL

Em uma perspectiva nacional, Alagoas localiza-se na periferia da cena cinematográfica do país. O movimento é emergente e vem sendo conquistado com articulações coletivas, editais públicos, formalizações de empresas produtoras, profissionais do setor, repercussão de filmes alagoanos em festivais do Brasil e do mundo. Diante desse frugal movimento algumas questões norteiam este diálogo: Quais os desafios implicados nesse processo de expansão? Como articular a estruturação interna de coletivos e empresas produtoras, refletindo as estratégias de inserção, cuidados e sustentabilidade? Como esses profissionais se veem diante de um mercado em constante transformação? Como pensar as produções de forma criativamente resolutivas e possíveis em tempos inflados?



Masterclass – Personagens em conflito no documentário com Vladimir Seixas, diretor e roteirista

16h no SEBRAE Lab


No cinema documental, a relação entre quem filma e quem é filmado se estabelece entre as estratégias de abordagem e os diálogos e negociações das filmagens. Assim, abre-se espaço para um processo de cocriação da narrativa, levando-se em conta a dimensão dos conflitos mostrados e da articulação com as lutas, a responsabilidade de contar uma história que se mistura com a vida, a elaboração e preparação de performances e os fracassos em se construir uma personagem. Nesta masterclass, Vladimir Seixas irá traçar, através de suas diversas experiências documentais, insights e elaborações acerca dos personagens que encontra e se relaciona. Além disso, o realizador também falará sobre suas narrativas que acompanham as diversas transformações do Brasil nos últimos anos.

O que pode a periferia pelo Cinema?

14h no SEBRAE Lab


Ari Consciência
– Articulador e produtor cultural
Fernando Rodrigues – Professor da Universidade Federal de Alagoas
Zazo – Fotógrafo e realizador de Cinema 

Mediadora:
Rose Monteiro – Historiadora, Realizadora de Cinema e Produtora cultural. 

O que pode o cinema pela periferia? Durante muito tempo a prática de levar o cinema para as periferias através dos festivais e das atividades formativas foi permeada por um ideal civilizatório, como se a ausência das tradicionais salas de cinema significasse também uma ausência de cultura. Contudo, nos últimos anos a identidade periférica tem protagonizado uma verdadeira inovação cultural na literatura, na música, no teatro e também no cinema. Desse modo, se faz necessário inverter a questão e lançar uma provocação para nossa mesa: o que pode a periferia alagoana pelo cinema? A partir dessa perspectiva gostaríamos de ampliar o debate sobre como ela pode nos apresentar outras possibilidades de fazer, sentir e imaginar o cinema.

Diálogos da direção

14h no SEBRAE Lab

Pedro Diógenes – Roteirista e diretor
Sérgio de Carvalho – Roteirista e diretor

Mediador:
Ulisses Arthur – roteirista e diretor

Norte e Nordeste são regiões do Brasil onde cada produção lançada no circuito exibidor renova as perspectivas de olhares tanto para as narrativas, contextos e sotaques, quanto para para o próprio cinema, que se enche de frescor com as propostas estéticas e políticas dessas regiões. Nesta mesa, os realizadores Pedro Diógenes, diretor do longa-metragem cearense A Filha do Palhaço e Sérgio de Carvalho, diretor do filme acreano Noites Alienígenas comentam seus processos criativos e modos de realização em seus territórios.

Filmes

A Filha do Palhaço

Joana, uma adolescente de 14 anos, aparece para passar uma semana com o pai, Renato, um humorista que apresenta seus shows em churrascarias, bares e casas noturnas de Fortaleza interpretando a personagem Silvanelly. Apesar de mal se conhecerem pai e filha terão que conviver durante essa semana. Eles vão viver novas experiências, experimentar novos sentimentos e esse tempo juntos irá transformar profundamente a vida dos dois.

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Maninha Xukuru-Kariri

Maninha Xukuru-Kariri: liderança indígena de Palmeira dos Índios com atuação significativa no movimento indígena nacional nas décadas de 1980 a 2000. A memória desse protagonismo constitui ferramenta política na formação do olhar e desconstrução de preconceitos, além do uso da biografia na formação de novas lideranças indígenas.

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Noites Alienígenas

Numa sociedade em transformação, o Noites Alienígenas tem toques de realismo mágico e fala de resistência, esperança e juventude. É um filme que fala sobre o slam (poesia falada), sobre o universo da cultura periférica.
Com locações na capital acreana, em bairros, espaços públicos, locais com identidade urbana, o filme apresenta roteiro narrativo sobre três jovens, amigos de infância, que se afastam pelas realidades sociais e voltam a se encontrar pelas periferias de Rio Branco (Acre), cidade amazônica.

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Luazul

Riva volta para o Brasil e se encontra mais sozinha do que nunca. Flávia não tem tempo para se sentir sozinha. As duas se conhecem, e se distraem, ao redor dos campinhos e quadras de futebol.

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Serial Kelly

Enquanto cumpre uma agenda de shows em inferninhos pelo sertão, Kelly, uma cantora de forró eletrônico, também vai deixando um rastro de mortes pelo caminho. Em seu trajeto de consumo compulsivo e violência, ela atravessa um nordeste novo, espiral de um desenvolvimento também apocalíptico. Quando passa a ser investigada por assassinatos, sua turnê mambembe também se transforma uma estratégia de fuga. E de estrela ascendente ela se torna uma heroína marginal, a temida e procurada Serial Kelly, a primeira serial killer mulher do Brasil.

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Rua Dinorá

Dinorá é uma menina de 10 anos que mora na Rua 749, no bairro Conjunto Ceará, na cidade de Fortaleza. Ao descobrir que suas colegas moram em ruas com o nome de personalidades históricas, Dinorá empreende, em meio a uma venda de rifas, uma investigação sobre o nome de sua própria rua.

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Ímã de Geladeira

Depois que um casal de costureiros perder a sua geladeira, em decorrência de uma série de apagões no bairro, eles saem em busca de um novo eletrodoméstico. Numa loja de usados, uma geladeira parece oferecer risco, mas só para pessoas negras.

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Medusa

Mariana é uma jovem que pertence fervorosamente a um mundo doutrinado pela fé. Na medida em que precisa se esforçar para aparentar uma perfeição constante, ela luta para resistir às tentações enquanto coloca em xeque a violência com a qual ela e as amigas reprimem as pessoas que pensam diferente.

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Uýra – A Retomada da Floresta

Uýra, uma artista trans indígena, viaja pela Amazônia em uma jornada de autodescoberta usando a arte performática para ensinar aos jovens indígenas que eles são os guardiões das mensagens ancestrais da floresta amazônica. Em um país que mata o maior número de jovens trans, indígenas e ambientalistas em todo o mundo, Uýra lidera um movimento crescente por meio das artes e da educação, ao mesmo tempo em que promove a união e inspira os movimentos LGBTQIA+ e ambientalistas no coração da Floresta Amazônica. As performances de Uýra são uma metáfora inspirada no ciclo ecológico que espelha as lutas sociais: a destruição do solo e a violência contra a vida, seguidas pelo ressurgimento de plantas jovens que germinam rapidamente e abrem caminho para um ecossistema renovado e mais forte.

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Hospital de Brinquedos

Bia, de 10 anos, vive sob os cuidados da avó materna, Dona Maria, sente inveja dos cuidados que a avó tem com as suas bonecas, principalmente de Amiguinha uma boneca loira, de 80cm. Após danificar a boneca numa brincadeira, Bia parte em busca do Hospital de Brinquedos.

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Capitão Tocha

Pedro, um menino negro tem como principal passatempo criar histórias a partir de brincadeiras com seus bonecos e outros objetos re-significados por ele. Mas sua brincadeira se torna especial quando ele encontra um boneco de ação com características semelhantes a sua na casa de um amigo.

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Rolê – Histórias dos Rolezinhos

Os Rolezinhos em shoppings no Brasil mobilizaram milhares de pessoas nos últimos anos. Essa forma inusitada de manifestação escancarou as barreiras impostas pela discriminação racial e exclusão social. Acompanhe neste documentário a vida e as lembranças de três personagens negras que enfrentaram situações traumáticas de racismo e participaram das ocupações em shoppings. Descubra os sonhos, a beleza, a poesia, a arte e a política de uma geração que encontrou novas maneiras de lidar com a violência vivida promovendo um intenso debate pelo país.

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Marte Um

Os Martins, família negra de classe média baixa, seguem a vida entre seus compromissos do dia-a-dia e seus desejos e expectativas, mesmo com a tensão de um governo conservador que acaba de assumir o poder no país. Em meio a esse cotidiano, Tércia cuida da casa enquanto passa por crises de angústia, Wellington quer ver o filho virar jogador de futebol profissional, Eunice tem um novo amor e o pequeno Deivinho sonha em colonizar Marte.

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Realização
Incentivo
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